O Bom e Sagrado Caminho Vermelho

Em nossa caminhada, levando a cura através da medicina da Arte Xamânica a muitos irmãos e irmãs, recebemos inúmeras bênçãos, sejam por palavras, gestos, sorrisos, alegrias, descobertas e a amizade que vamos fortalecendo com cada um que vem compartilhar conosco esta sagrada medicina.

Assim, através da beleza da entrega e do amor incondicional, o Grande Espírito coloca em nosso caminho as bênçãos de receber e compartilhar informações verdadeiras e embasadas no profundo conhecimento das culturas ancestrais espalhadas pelo mundo e pelo tempo, que compartilhamos com todos aqui neste espaço sagrado, por saber que o "Tempo das Nuvens Negras" chegou ao fim e a luz da informação e do conhecimento nativo verdadeiro deve ser transmitido com urgência a todos os buscadores da luz.

Como diz Hotashugmanitu Tanka: "estamos aqui para semear e compartilhar, fazendo brilhar a Roda do Arco Íris neste início do Tempo do Búfalo Branco, trazendo a consciência da totalidade, a paz e a serenidade para os irmãos de todas as cores".

Que assim seja!

Marcelo Caiuã e Bianca Martins


Sobre o nome de Tatanka Lyotake



Para quem tenha realmente conhecimento do inglês e do dialeto Lakota, especificamente, certamente não traduziria "Sitting Bull" como "Touro Sentado", mas "Búfalo Macho Sentado", quando na verdade sequer havia "touros" em território Lakota naquela época. "Bull" quer significar "o macho não-castrado de qualquer animal de grande porte da família bovina, dentre outros, como o macho do búfalo, da baleia, do alce, do elefante, etc.

Como gíria tem vários significados regionais, como policial, pessoa corpulenta e barulhenta, conversa vazia, insincera ou tola sem qualquer fundamento; pessoa que por total falta de jugamento comete grande matança ou massacre presumivelmente numa situação delicada; luta corpo a corpo e também é o verbo "agarrar fortemente", "abraçar forte e apertadamente" numa luta, etc.

Nesses significados, a origem é do Inglês Medieval, bul, bole que no Dinamarques permaneceu "bull" e do Germânico bulle. Entretanto o substantivo "bull" também tem outros significados, mas de origem no Velho Francês com mixigenação no Italiano e no Latim, bulla. Daí, quer significar, um vício papal, um botão de pressão liga-desliga, um documento de origem papal, selo usado no fechamento de envelope, etc., com a figura de S.Pedro ou S.Paulo impressa tendo no outro lado o nome do Papa e o ano de seu pontificado. Como verbo transitivo regular significa "tentar aumentar o preço de mercado"; como verbo intransitivo significa "mostrar desejo sexual; como adjetivo significa "masculino", "másculo".; como prefixo faz uma forma combinada , significando " de origem másculo-animal" como bullfight ou "como a um animal", como em bullhead ou "muito grande", "enorme", "bem grande", como bullfrog, bulldog, etc. Há outras gírias militares menos importantes.

Convém que se saiba, que o dialeto Lakota é um dialeto muito específico, espiritualístico, não-normativo com base línguística muito espiritual-lemuriana. Uma palavra Lakota tem mais a ver com a sua "interação" espiritual do que com o material. Como dialeto, evidentemente, não é normativo, não há registros escritos, razão porque muitos povos no Brasil e pelo mundo, escrevem-no respeitando as bases fonéticas de sua língua-mãe.

Assim como em "OyaSSin", se na base fonética inglêsa escrevêssemos "OyaSin", a pronúncia seria "OyaZin" para os brasileiros, respeitando a norma da Língua Portuguesa: "...o 'S' entre vogais tem o som de Z", quando a pronúncia Lakota verdadeira é "OYASSIN" Até que se estabeleça uma gramática normativa para o dialeto Lakota, haverão "n" maneiras - com base nas normas gráfico-gramaticais e fonética de cada língua mãe - de grafar uma palavra Lakota, como, por exemplo, oyasin, oyassin, oyacin ou até mesmo com 'm' em vez do 'n'.

No tempo do Povo Lakota, Sioux, o dialeto nunca foi escrito, só falado, logo, cada pessoa, dependendo das normas fonéticas de sua Língua-Mãe, o grafa hoje. Um exemplo elucidativo é a palavra "SIOUX" assim grafada pelos franceses quando travaram o primeiro contato com o Povo Lakota, quando o termo "seria" Siuks, significando HOMENS-BÚFALO. Esse acontecimento se deu em 1575, e foram os franceses e não ingleses que mantiveram o primeiro encontro com os Lakotas.

Outro exemplo claro, é o seu nome Lakota "Tchetan", que para os Americanos seria grafado "Chetan", porque o "ch" Inglês vale foneticamente "TCH"Com o advento da independência do Povo Lakota, haverá, em breve, com as bênçãos de Deus, o reconhecimento do 'dialeto' para idioma, e daí as dez classes gramaticais próprias de um IDIOMA bem como as normas gramaticais e fonéticas, surgirão.

Há na Internet, muitos comentários atribuidos ao Povo Lakota sem qualquer embasamento verídico. Lí recentemente a opinião de um comentarista, que o dialeto Lakota não tem o pronome pessoal Reto "eu", porque eles eram indios miseráveis, incapazes e dependentes de todos, razão porque eles só conheciam a palavra "nós", "grupo de pessoas", "turma", etc., quando não há, absolutamente, vestígio de verdade nessa opinião.Os Lakotas são povos remanescentes dos Lemurianos com natureza de puro amor e grandiosidade espiritual.Para os Lakotas, não existe a ilusão da separação - a dualidade - mas o TODO manifestado em diferentes formas: o Panteísmo.

Resta, pois, ratificar ainda, que só adquirirá fluência no dialeto Lakota e falá-lo com o verdadeiro SENTIMENTO LAKOTA aquele irmão ques estiver no caminho da luz, da integridade universal e sentir-se como "uma centelha" de luz para JUNTAMENTE com os demais, compor o Grande Universo.

Poderá alguém falá-lo sim, mas sem a "destreza" Lakota... espiritual: Mitakue Oyassin= Somos todos fios da mesma teia (...tecida por Wakantanka) Muitos idiomas e até dialetos, usam desinências para a declinação de suas classes gramaticais, e até consoantes fônicas para composição fonética ou para evitar a cacofonia, é o caso do "t" francês, da simplificação do artigo indefinido "uma" em Português para "u'a"; da preposição "y" do Espanhol que se reveste para "e" em casos fono-expressivos; do "t" do dialeto Lakota em "L' yotake = Lyotake, que quer significar "Búfalo que senta em paz, com serenidade".

A palavra "Lakota/Olakota, significa paz, serenidade, com entrosamento, com interação. Por outro lado, por ainda ser dialeto e não idioma, o Lakota usa duas desinências comuns para o substantivo, o "e" e o "a", razão porque muitos escrevem "L'yotakA, e não L'yotakE", e além de substantivo, LYOTAKE também é verbo... e advérbio. Não há definição muito clara e expressiva nas classes gramaticais Lakota, mas o sentimento espiritual de entendimento."

IYOTANKA", não é Lakota. Aliás, desconheço a formação desse termo, no SAPIENTÍSSIMO NOME DE TATANKA LYOTAKE", pois "T'+Tanka" já quer significar "Homem Búfalo". Quanto ao filme "Enterrem meu coração no curva do rio", houve sim, uma grande influência do Inglês no dialeto Lakota hoje, no filme, e o diretor/produtor, evidentemente, viu assim escrito e assim ele o produziu.

É o que tenho a expor a você e Cândi, meu amigo Tchetan, com os nossos agradecimentos.

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Escrito por: Hotashungmanitu Tanka na Yutan Kimimila - Witchashawakan
Publicado originalmente por: TLTL - Tipiwaka Lakota Tatanka Lyotake
Blog: wakanwood.blogspot.com