O Bom e Sagrado Caminho Vermelho

Em nossa caminhada, levando a cura através da medicina da Arte Xamânica a muitos irmãos e irmãs, recebemos inúmeras bênçãos, sejam por palavras, gestos, sorrisos, alegrias, descobertas e a amizade que vamos fortalecendo com cada um que vem compartilhar conosco esta sagrada medicina.

Assim, através da beleza da entrega e do amor incondicional, o Grande Espírito coloca em nosso caminho as bênçãos de receber e compartilhar informações verdadeiras e embasadas no profundo conhecimento das culturas ancestrais espalhadas pelo mundo e pelo tempo, que compartilhamos com todos aqui neste espaço sagrado, por saber que o "Tempo das Nuvens Negras" chegou ao fim e a luz da informação e do conhecimento nativo verdadeiro deve ser transmitido com urgência a todos os buscadores da luz.

Como diz Hotashugmanitu Tanka: "estamos aqui para semear e compartilhar, fazendo brilhar a Roda do Arco Íris neste início do Tempo do Búfalo Branco, trazendo a consciência da totalidade, a paz e a serenidade para os irmãos de todas as cores".

Que assim seja!

Marcelo Caiuã e Bianca Martins


A Cura é o mais importante dos trabalhos Xamânicos


 
É o que denota a bondade do Xamã, seu amor por todos e por tudo que o cerca. Quanto mais amor trouxer em seu coração, mais efetivas serão suas curas, curar é amar. Quando o curador está em ato de cura, transfere para o coração do curando uma grande quantidade de carinho e amor e são essas forças que irão despertar as forças de cura, que irão operar a cura e o alívio dos sofrimentos.

O contato com o Criador e suas forças – sempre que um Xamã exerce suas atividades, o faz em estado ampliado de consciência, ou estado xamânico de consciência. É um estado de consciência especial em que, mesmo viajando por planos espirituais, mantém a consciência da realidade física ao seu redor. Ele pode só entrar em contato com forças espirituais ou ser possuído por uma delas, situação que lhe confere maior poder e maior interação com espíritos. Mesmo nesses casos, o Xamã nunca perde o contato com a realidade física. Essa viagem do Xamã, a chamada jornada xamânica, é uma das principais caraterísticas do xamanismo. Nesses contatos é quando consegue o objetivo de seus trabalhos, de sua missão de cura, de alívio, de proteção.

Isso só é conseguido se o Xamã, por seu esforço e interesse em ajudar e curar, despertar o interesse nas forças espirituais que vêm a ele. Precisará, por seus esforço e dedicação despertar a luz que o torna visível aos espíritos. O Espírito do Amor deve ser trazido para qualquer cerimônia ou ato de cura, juntamente com as poderosas forças que dão o poder ao Xamã, seus auxiliares eventuais e seus animais de poder. Dessa união de forças em torno do Xamã dependerá o sucesso de qualquer trabalho seu.

Os Xamãs consideram importante a verbalização, considerando que o ar expelido pelo ato de falar leva parte de nosso espírito. A visualização do resultado pretendido e a energia da fala, passam ao mundo espiritual carregadas de força e ali se ampliam pela ação das forças espirituais invocadas pelo Xamã. E as energias resultantes dessa soma ficam no mundo espiritual operando sobre o mundo físico, produzindo as alterações necessárias para que o desejo se realize. As forças espirituais atuam progressivamente, produzindo circunstâncias que trabalham sincronicamnete para que o resultado final seja o pretendido pelo Xamã. Se o desejo não estiver nos planos da Criação, não acontecerá.

Quanto maior for a afinidade entre os dois espíritos- o do Xamã e seu proteotr – mais fácil e rapidamente o resultado da magia acontecerá. uanto mais poderosa for a força ou espírito da Natureza que trabalhar com o Xamã, mais poderosa será sua magia. E quanto mais íntima for a relação entre os dois, maior será seu poder também. É de grande importância que o Xamã consiga produzir e liberar grande quantidade de energia no momento de encaminhá-la ao mundo espiritual. É importante saber que essa capacidade de produzir e de liberar energia varia com o estado físico e mental do Xamã.

Em segundo lugar, a presença no ambiente do ritual de objetos que tenham a energia apropriada para o desejo que move a cerimônia. Além dos objetos naturais como cristais, perfumes, pedras, flores, há os objetos de poder que o próprio Xamã prepara para seus rituais. Sempre que o Xamã precisar, empunhando o objeto de poder chamará pelos espíritos e ali eles se farão presente. O objeto representa como que um ponto de encontro entre o Xamã e seus espíritos. É como uma referência, um endereço que os espíritos envolvidos reconhecem. Quanto mais poder o Xamã atribuir e sentir em seu objeto mágico, mais poder resultará de sua utilização, como se os espíritos ligados ao objeto sentissem a confiança que o Xamã deposita na presença e ação colaboradora deles.

Só o amor é capaz de curar. Quem tiver a dádiva de manejar as forças do amor, será um bom curador. Quando um Xamã enfrenta uma sessão de cura, não vê somente a doença, mas o doente como um todo.

Djalma Sayão Lobato – médico endocrinologista – Porto Alegre


A Lição do Cachorro - A Mágica da Amizade Verdadeira



“Não importa quanta seriedade a vida exija, mas cada um de nós precisa de um amigo brincalhão, para se divertir juntos.”

Todas as tribos do Sudoeste e das planícies dos Estados Unidos possíam Cachorros. Estes nobres animais frequentemente alertavam seus donos sobre a aproximação dos inimigos e dos perigos iminentes. Eles ajudavam os caçadores e eram uma preciosa fonte de calor nas longas noites de inverno. Como todas as matilhas possuem diversas linhagens, os Cachorros dos índios do passado eram meio selvagens. No entanto, esta metade selvagem de suas personalidades nunca foi motivo para que os cachorros traíssem a fidelidade inata que sentiam para com seus donos.

O Cachorro sempre foi considerado o servidor ideal do mundo animal ao longo de toda a história. Se uma pessoa pertence ao totem do Cachorro, ela certamente estará sempre servindo aos outros, ou à humanidade como um todo, de alguma forma. São típicos representantes do totem do Cachorro os filantropos, as enfermeiras, os defensores públicos, os soldados, os religiosos e todas a demais pessoas envolvidas em trabalhos de caridade.

O Cachorro era o guardião que protegia a tribo de um ataque surpresa. A figura arquetípica do Cachorro tanto engloba o amor carinhoso do melhor amigo, quanto a energia parcialmente selvagem do protetor que defende valentemente o seu território. Assim como Anúbis, o cão-chacal protetor do antigo Egito, o Cachorro sempre foi um guardião ao longo dos tempos. O Cachorro tanto foi o guardião do inferno quanto dos segredos e dos tesouros secretos, ou de indefesos bebês – enquanto suas mães estavam cozinhando ou trabalhando nos campos. O Cachorro honra seus donos e mantém-se leal à confiança nele depositada.

Ao examinar a imagem do Cachorro, você pode ser assaltado pelas ternas lembranças do tempo de infância, quando seu Cachorro de estimação era o companheiro inseparável. A imagem que o Cachorro está tentando lhe transmitir é que você precisa desenvolver bastante seu senso de dever para com os demais. Os Cachorros são os servidores ideais, sendo inteiramente devotados a seus donos, numa medida que supera inclusive em muito a maneira pela qual são tratados.

Se o dono repreender asperamente, ou mesmo surrar seu Cachorro, ainda assim ele será capaz de dedicar amor a esta pessoa que o tratou mal. O Cachorro age assim não porque seja estúpido, e sim porque tem perfita compreensão das limitações dos humanos e sente compaixão por eles. É como se um espírito tolerante tivesse se alojado no coração de cada Cachorro, fazendo de cada membro da família canina um ser que deseja apenas servir.

Todavia, também existem Cachorros que tiveram a fidelidade extirpada de seu interior à custa de pancadas. Estes Cachorros latem e rosnam ao menor sinal de desaprovação, mas não são estes os representantes verdadeiros de sua espécie. Algumas raças de Cachorros foram inclusive treinadas pelo homem para serem viciosas, agressivas e brutais, mas isto não corresponde em absoluto à natureza verdadeira do Cachorro, refletindo, ao contrário, o espírito agressivo e destrutivo de seus donos. Assim, essas raças possuem um memória genética alterada que falseia a percepção do que seja servir, para corresponder aos instintos violentos de seus mestres e donos.

A magia do Cachorro pede que você reflita em que medida seu senso de fidelidade tem sido inspirado, no fundo, por seu desejo de aprovação. O seres de Duas Pernas, os humanos têm muito medo de serem rejeitados ou de não obterem a aprovação dos demais. O que você precisa perceber na verdade é que não são os inimigos externos, mas formas-pensamentos criadas em sua própria mente, que lhe enviam mensagens dizendo que você não é merecedor de respeito e lealdade, seja dos demais, seja de si próprio.

Recupere o poder de ser fiel a si mesmo e às suas verdades. Seja como o Cachorro – o melhor amigo de si mesmo!


 Aquele que ama do fundo do coração

Os Cães (lobos domesticados) são os mágicos do Universo. Com sua simples presença, eles transformam o mau humor em sorrisos, as pessoas tristes em pessoas menos tristes. Eles geram relacionamentos. O Cachorro é todo um lado da natureza dualista do feminino. Ele é a natureza dos bosques, aquele que sabe rastrear, que sabe porque pressente o que é o quê, é da sua natureza instintiva. Os cães representam, entre outras coisas, aquele que ama do fundo do coração com espontaneidade e perseverança, que perdoa sem esforço, que consegue correr muito e lutar, se necessário, até a morte. Ele ouve e vê de modo diferente do ser humano. Ele se transporta a níveis em que o ego sozinho jamias chegaria a pensar. Ele ouve palavras e instruções que o ego não consegue ouvir. E ele segue o que ouve, é a psique instintiva.

O mundo do Cachorro é cheio de sons cataclísmicos e constantes, sons que nós absolutamente não registramos. Mas o Cachorro registra. O Cão ouve, fora da faixa de audição humana. Esse aspecto mediúnico da psique instintiva capta pela intuição a atividade profunda, a música profunda e os profundos mistérios da psique feminina. É essa natureza que tem a capacidade de compreender a natureza selvagem nas mulheres.

Cachorro...
Você é sempre tão nobre,
Até o amargo final.
Sua lição é demonstrar
A amizade Fiel e Verdadeira.


Fonte: Jamie Sams e Clarissa Pinkola Estés

Paz e Luz



"Que jamais, em tempo algum, o teu coração acalente o ódio.

Que o canto da maturidade jamais asfixie a tua criança interior

Que o teu sorriso seja sempre verdadeiro

Que as pedras do teu caminho sejam sempre encaradas como lições de vida

Que a música seja tua companheira de momentos secretos contigo mesmo

Que os teus momentos de amor contenham a magia de tua Alma Eterna em cada beijo

Que os teus olhos sejam dois sóis, olhando a luz da vida em cada amanhecer

Que cada dia seja um novo recomeço, onde tua Alma dance na luz.

Que em cada passo teu fiquem marcas luminosas de tua passagem em cada coração

Que em cada amigo o teu coração faça festa e celebre o encanto da amizade profunda que liga as Almas Afins

Que em teus momentos de solidão e cansaço, esteja sempre presente em teu coração a lembrança de que tudo passa e se transforma, quando a Alma é grande e generosa.

Que o teu coração voe contente nas asas da espiritualidade consciente, para que tu percebas a ternura invisível tocando o centro do teu SER ETERNO.

Que um suave vento te acompanhe, na terra ou no espaço, e por onde quer que a força invisível do amor leve o teu viver.

Que o teu coração sinta a PRESENÇA secreta do inexplicável.

Que os teus pensamentos, os teus amores, o teu viver, e a tua passagem pela vida sejam sempre abençoados por aquele amor que ama sem nome

Aquele amor que não se explica, só se sente

Que esse amor seja o teu rumo secreto, viajando eternamente no centro do teu SER

Que esse amor transforme os teus dramas em luz, a tua tristeza em celebração, eos teus passos cansados em alegres passos de dança renovadora.

Que jamais, em tempo algum, tu esqueça da PRESENÇA que está em ti e em todos os seres.

Que o teu viver seja pleno de Paz e Luz."

Sawabona e Shikoba


Sawabona, é um cumprimento usado no sul da África que quer dizer: “Eu te respeito, eu te valorizo, você é importante para mim.” Em resposta a pessoa diz: Shikoba. Que significa: “Então eu existo para você.”

Não é apenas o avanço tecnológico que marcou o início deste milênio. As relações afetivas também estão passando por profundas transformações e revolucionando o conceito do amor. O que se busca hoje é uma relação compatível com os tempos modernos, na qual exista individualidade, respeito, alegria e prazer de estar juntos, e não mais uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem estar. A idéia de uma pessoa ser o remédio para nossa felicidade, que nasceu com o romantismo, está fadada a desaparecer neste início de século.

O amor romântico parte da premissa de que somos uma fração e precisamos encontrar nossa outra metade para nos sentirmos completos. Muitas vezes ocorre até um processo de despersonalização que, historicamente, tem atingido mais a mulher. Ela abandona suas características, para se amalgamar ao projeto masculino.

A teoria da ligação entre opostos também vem dessa raiz: o outro tem de saber fazer o que eu não sei. Se sou manso, ele deve ser agressivo, e assim por diante. Uma idéia prática de sobrevivência e pouco romântica, por sinal.

A palavra de ordem deste século é parceria.

Estamos trocando o amor de necessidade, pelo amor de desejo. Eu gosto e desejo a companhia, mas não preciso, o que é muito diferente. Com o avanço tecnológico, que exige mais tempo individual, as pessoas estão perdendo o pavor de ficar sozinhas, e aprendendo a conviver melhor consigo mesmas. Elas estão começando a perceber que se sentem fração, mas são inteiras. O outro, com o qual se estabelece um elo, também se sente fração. Não é príncipe encantado ou donzela em perigo, que deve ser salva. É apenas um companheiro de viagem.

O homem é um animal que vai mudando o mundo, e depois tem de ir se reciclando, para se adaptar ao mundo que fabricou. Estamos entrando na era da individualidade, o que não tem nada a ver com egoísmo. O egoísta não tem energia própria; ele se alimenta da energia que vem do outro, seja ela financeira ou emocional. A nova forma de amor, ou mais amor, tem nova feição e significado. Visa a aproximação de dois inteiros, e não a união de duas metades. E ela só é possível para aqueles que conseguem trabalhar sua individualidade. Quanto mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afetiva. A solidão em certos momentos é boa, ficar sozinho por um tempo não é vergonhoso. Ao contrário dá dignidade à pessoa.

As boas relações afetivas são ótimas, são muito parecidas com o ficar sozinho, ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem. Relações de dominação e de concessões exageradas são coisa do século passado. Cada cérebro é único. Nosso modo de pensar e agir não serve de referência para avaliar ninguém. Muitas vezes, pensamos que o outro é nossa alma gêmea e, na verdade, o que fizemos foi inventá-lo ao nosso gosto. 

Todas as pessoas deveriam ficar sozinhas de vez em quando, para estabelecer um diálogo interno e descobrir sua força pessoal.

Na solidão, o indivíduo entende que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro dele mesmo, e não a partir do outro. Ao perceber isso, ele se torna menos crítico e mais compreensivo quanto às diferenças, respeitando a maneira de ser do outro. O amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável nesse tipo de ligação, há aconchego, o prazer da companhia e o respeito pelo ser amado. Nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo...

Fonte: Flávio Gikovate – médico psicanalista

A Força do Xamã



As forças que harmonizam o Universo escolhem pessoas que julgam merecedoras de manipular as energias da Natureza: são os Xamãs.

Em seus trabalhos, o Xamã conta com espíritos que o auxiliam e realizam seus atos. Nada do que faz é por seu poder pessoal, por sua força. Sempre deverá contar com forças espirituais que através dele realizarão os atos pretendidos. O primeiro auxiliar do Xamã são seus Animais de Poder. Esses são espíritos que vêm ao Xamã para completar sua personalidade, para curar defiências, para dar-lhe as qualidades que estão lhe faltando ou são imcompletas, para protegê-lo e torná-lo melhor. Apresentam-se com a forma animal, representando as características da espécie.

Queremos deixar claro que o Animal de Poder não é uma força interior nossa, mas uma força que nos vem de fora, do mundo espiritual para ajudar-nos. É uma força espiritual que nos acompanha e nos protege e atende a nossos pedidos e necessidades.

Outro grupo de espíritos que ajudam os Xamãs são os chamados espíritos auxiliares. São espíritos que na maior parte dos casos aparecem apenas uma vez, com a missão de socorrer o Xamã em determinado ato de cura, trazendo a capacidade de fazê-lo como se fosse uma especialidade sua. Depois do ato realizado, geralmente voltam para o mundo espiritual e não mais regressam, Eles podem vir espontaneamente, sem que o Xamã os chame, ou pode o Xamã ter acesso a um plano espiritual, a um mundo onde esses espíritos encontram-se, e ali buscar aqueles que as forças que regem o Universo acharem indicados. Se o Xamã consegue essa chave para o mundo dos espíritos auxiliares, terá grande poder, porque sempre que precisar virá um auxiliar em socorro capaz de fazê-lo com êxito.

Pensamos que cada Xamã deve buscar esse acesso para poder cumprir sua missão de ajuda. Mas, a mais importante dentre as forças que trabalham através do Xamã são aquelas que lhe são aliadas ou protetoras. São forças muito potentes da Natureza, que o Xamã conseguiu acessar e entreter com elas uma relação de intimidade, amor e respeito.

Quanto mais desenvolvida for essa aproximação, quanto maior for a união de corações, mais auxílio terá o Xamã e mais poderosas serão suas curas e suas magias. Mas deverá sempre guardar o respeito e o amor pelo espírito que se aproximar. Do respeito e do amor que tiver pela força dependerá sua permanência junto ao Xamã.

Frisamos que são forças da natureza, como o vento, a chuva, o trovão, o sol, a lua, as estrelas... No xamanismo quase nunca se trabalha com espíritos desencarnados, mas com forças muito mais potentes e sem vivências materiais, carnais. Estas condições tornam o espírito não só menos potente, mas também guardando ainda algumas características humanas indesejáveis, como ódio, etc. As forças da natureza são puras, além de mais poderosas.

Djalma Sayão Lobato – Médico Endocrinologista e irmão do Caminho Vermelho

A Mãe da Floresta



“A Ayahuasca é o Sangue de Cristo na forma vegetal, e é a Obra do Cristo Universal, e o Cristo Juramidam é que coordena este Trabalho de distribuição dela a nível mundial. Este é o motivo de todas as igrejas daimistas vincularem a Ayahuasca a Jesus, porém, não é só do Cristo Jesus, e sim o Cristo Universal, então é de todos os Cristos feito Homens, de todos os Homens Cristo, de todos os exelcios Mestres Cristificados, Paracelso, Buhda, Krishna, Saint Germain...’’

“É formada de um casal de plantas, os quais ensinam o relaxamento e a concentração; São Devas da natureza cujo trabalho é mostrar ao ser humano a visão do Amor.

O Amor é o veículo de manifestação e de vontade do Cristo na face da Terra, e o Cristo manifesta-se naqueles que aprenderam a eliminar os defeitos do Ego, que retiraram de si o orgulho, a prepotência, a arrogância, a raiva, o egoísmo, etc...’’

A Ayahuasca ou Jahré é um líquido, chá fermentado, obtido em um processo semelhante ao feitio do vinho, daí também ser conhecido como Vinho das Almas. É um Elixir resultante da decocção de duas Plantas, o Jagube ou Mariri (Banisteriopsis Caapi) que é um cipó, e a Chacrona ou Rainha da Floresta (Psycotria Viridis) que é um arbusto do qual se usa apenas as folhas. O Jagube é de energia masculina, é uma planta regida pela Força e seu trabalho na natureza é ensinar o relaxamento, por sua vez a Chacrona é de energia feminina, regida pelo Amor e ensina a concentração para a abertura, a visão, a lucidez. Em testes psiquiátricos constatou-se que os utilizadores do Jahré mostravam-se mais reflexivos, resistentes, leais, calmos, ordeiros, persistentes, despreocupados, dispostos, exibindo elevada alegria, determinação e confiança em si mesmo.

As Visões que se obtém com o Jahré são estados ampliados de consciência, diferentes dos estados alucinativos psiquiátricos, pois estas, científicamente só podem pertencer ao alucinado, sendo patologicamente individual, diferente do que ocorre nas práticas com o Jahré, onde várias pessoas podem observar os mesmos fenômenos visíveis aos olhos físicos da mesma maneira e ao mesmo tempo, e cientificamente não podem ser catalogados como alucinação. Não havendo assim critérios científicos para alucinação coletiva, o Jahré não pode ser catalogado como substância alucinógena, porém sim é uma substância Enteógena, que une ao Superior.

Uma das dúvidas frequentes é se o Jahré é droga e novamente os embasamentos científicos são necessários para estabelecer quando uma substância é considerada droga ou não, e as pesquisas laboratoriais mostram com precisão que, ela não pode ser considerada droga por não ter a concentração química necessária para causar qualquer tipo de efeito alucinógeno.

Interessante saber é que as mesmas normas médico-científicas que provaram claramente que a maconha (Santa Maria) é sim uma droga, e é nociva, que vicia e mata os neurônios cerebrais do usuário, e nem estamos citando cocaína, que utilizam com o nome de Santa Clara, nem o crack com o nome de São Pedro, provaram também claramente que o Jahré não é uma droga, tanto que o nosso sitema nervoso produz naturalmente a enzima chamada de Monoamimoxidase (MAO) que consegue inibir a ação da N,N-Dimetiltripamina (DMT) em nosso organismo, contudo o Jagube tem como um de seus componentes os alcalóides Beta-Carbolíneos (Harmina e Harmalina) que anulam a ação da MAO, o que permite a ação do DMT provindo das folhas da Chacrona. Esta baixíssima concentração de DMT em conjunto com a serotonina orgânica resulta em um elevado estado de concentração mental, a similaridade química é a mesma dos estados meditativos orientais.

A diferença de um veneno e de um remédio se encontra exatamente na concentração de um elemento químico em uma determinada substância, pois mesmo um remédio ou alimento simples se ingerido em concentração maior, pode causar males ao organismo. Pelas leis científicas, uma substância que contenha o DMT precisa conter ao menos 2% desta substância para ser enquadrada como droga, e no caso do Jahré o percentual é de apenas 0,02%, e sendo a dose média normal de utilização da Ayahuasca de no máximo 200ml (100 vezes menor que a taxa mínima necessária para ser considerada alucinógena), ela não pode ser catalogada como tal pelos órgãos fiscalizadores. Há que se entender isto, como exemplo, há uma grande diferença entre tomar até quatro xícaras de café diariamente, o que auxilia o coração, a tomar quatro garrafas de café, o que pode conduzir a dependência, taquicardia, aumento da pressão sanguínea entre outros, devido à presença do princípio ativo da Cafeína.

Toda substância possui uma Dose Letal (DL), até a água pura a possui, DL=10 litros, isto é, se uma pessoa ingerir 10 litros de água pura em uma única vez, corre risco de morte. Os estudos com o Jahré definiram que para ocorrer risco de óbito seria necessário ingerir de uma só vez 7,8 litros dela, entretanto sua utilização prática é o equivalente a 4 copinhos descartáveis de cafezinho, 39 vezes menos que sua DL. Outra forma de estabelecer cientificamente o grau de toxidade de uma substância é ministrá-la em cinco cobaias em doses de 01grama por quilo, e se até cinco gramas não causar danos fisiopatológicos a substância é considerada inócua, e essa marca nos exames laboratoriais foi ultrapassada facilmente, pois chegou a 5,8 gramas por quilo, assim, perante as mesmas normas técnico-científicas, não há no Jaharé DMT suficiente para que seja consideradp alucinógeno.

Relatos de vômitos, diarréia e sudorese em alto percentual ocorre pelo sistema adotado, e aqui fica a ressalva, que no conhecimento superior o Jahré tem similaridade com a energia sexual e como as técnicas superiores mantém a energia sexual dentro do corpo através da concentração e respiração, os estudantes facilmente, solteiros ou casados, rapidamente aprendem a manter o Jahré dentro do corpo, diferente dos sistemas normais do sincretismo religioso brasileiro que utiliza esta plantas, pois as pessoas que não tem controle sexual estão propensas a vomitar quando a ingerem. Também quando se excede à dose particular de ingestão, e diga-se que no Instituto Ayahuasca os estudantes têm a liberdade de escolha da dose, desde que não se exagere, pois pode vomitar o excedente, o que sugere tentativas do corpo em expeli-la, sendo uma das explicações a presença do princípio ativo apomorfina, substância derivada da morfina, porém sem conter esta substância e que está concentrada na casca do cipó Jagube. Este fenômeno de expulsão é considerada pelos que a ingere como limpeza espiritual, uma faxina de substâncias pertencentes a elementos psíquicos (ira, medo, orgulho, inveja, preguiça, luxúria, gula), e que fazem a conexão destes com o sistema nervoso autônomo (simpático e para-simpático). Devido à energia contida em suas moléculas, o Jahré dissolve toxinas quando metablolizado nos órgãos, que são excretadas pelo trato intestinal em forma de bílis e suco pancreático, porém na corrente sanguínea também podem ser expulsas em forma de salivação e suor, e ainda uma parte das toxinas recolhidas causam enjôo e náuseas, atributos que levam a melhoria de diversos males físicos causados por substâncias tóxicas ingeridas, inclusive Álcool e Drogas, tornando-se um auxiliar poderoso para desintoxicação de dependentes químicos.

Assim, após 18 anos de estudos, o CONAD (Conselho Nacional Antidrogas) do Brasil, retirou o Jaharé da lista de drogas alucinógenas conforme portaria publicada no Diário Oficial da União em 10/11/2004 e a Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu (em 20/02/2006) que o governo Bush não poderia impedir uma instuição brasileira no Novo México de utilizar o Jahré (Ayahuasca/Hoasca/Daime) em seus rituais religiosos. O veredicto atesta que o grupo religioso está protegido pelo “Religous Freedom Restoration Act”, aprovado pelo Congresso em 1993, e que foi peça jurídica fundamental no processo que legalizou o uso ritual do cactus peyote (princípio ativo: mescalina) pela “Native American Church”, congregação que reúne descendentes de algumas etnias indígenas norte-americanas. A ONU emitiu um parecer favorável recomendando a flexibilização das leis em todos os países do mundo no que se refere ao Jahré.

“A Ayahuasca faz o contato místico com os mundos vital e astral e mental solares, dá um despertar subjetivo, porém não o despertar objetivo conquistado através da meditação, e dá um auto conhecimento mostrando os erros que a pessoa precisa corrigir para ser feliz nem que seja necessário mostrar o ego no abismo, porém o estudante tem de saber fazer este contato de modo reovlucionário, acompanhado da Divina Mãe para eliminá-lo e não só para conhecê-lo. O objetivo final do Trabalho é o SER, o REAL em nós, quem direciona para Ele é o Cristo, quem dá a potência é o Espírito Santo, Shiva, a energia Criadora Universal. Não há como iniciar este Trabalho se não seja pela Mãe Divina, Ela eliminará o ego, para que se possa transmutar a Energia assimilada nas gônodas sexuais que vem do 3ª Logos, do Espírito Santo de volta e para cima pela medula espinhal, o Kundalini, para que a Força do Cristo venha a se manifestar e onduzir até o Pai, A Ayahuasca não é o fim, é apenas a aceleradora deste processo... Respeito a ela sim, mas não idolatria, pois estaríamos substituindo o Pai pela Professora, transformando o aprendizado em crença religiosa.”

Agradecimentos a Fonte: Instituto Ayahuasca- Curitiba – Um grupo de pessoas que já sabem o Trabalho que tem que ser feito e utiliza da Ayahuasca para comprovar e potencializar seu trabalho psicológico-espiritual-individual e que troca informação entre si para avançar mais rápido na direção do SER com a ajuda dos proefessores Jagube e Chacrona, que são autorizados pelo Mestre Cristificado Juramidam, o qual tem a responsabilidade de entregar o Jahré a nível mundial.