O Bom e Sagrado Caminho Vermelho

Em nossa caminhada, levando a cura através da medicina da Arte Xamânica a muitos irmãos e irmãs, recebemos inúmeras bênçãos, sejam por palavras, gestos, sorrisos, alegrias, descobertas e a amizade que vamos fortalecendo com cada um que vem compartilhar conosco esta sagrada medicina.

Assim, através da beleza da entrega e do amor incondicional, o Grande Espírito coloca em nosso caminho as bênçãos de receber e compartilhar informações verdadeiras e embasadas no profundo conhecimento das culturas ancestrais espalhadas pelo mundo e pelo tempo, que compartilhamos com todos aqui neste espaço sagrado, por saber que o "Tempo das Nuvens Negras" chegou ao fim e a luz da informação e do conhecimento nativo verdadeiro deve ser transmitido com urgência a todos os buscadores da luz.

Como diz Hotashugmanitu Tanka: "estamos aqui para semear e compartilhar, fazendo brilhar a Roda do Arco Íris neste início do Tempo do Búfalo Branco, trazendo a consciência da totalidade, a paz e a serenidade para os irmãos de todas as cores".

Que assim seja!

Marcelo Caiuã e Bianca Martins


Ser Um Com A Natureza - O Segredo de Findhorn


Entendemos que nossos Ancestrais Vermelhos em suas Visões sobre o Tempo do Búfalo Branco, da Águia voando junto com o Condor, dos Guerreiros do Arco-Íris, do Quinto Mundo, da Dança Fantasma, nunca nos falaram sobre o fim do planeta Terra, nem da metade da populção deixando o planeta em naves espaciais ou abandonando seus corpos voluntáriamente, nem nada dessas coisas. Eles nos falam em suas profecias, de uma grande mudança na Terra, causada pela ação desatrosa do homem branco e da reencarnação de muitos do nosso povo vermelho, em pele de branco, os Guerreiros do Arco-Íris, pessoas comuns como nós, que viriam trazer uma nova consciência ao planeta, nova, para o homem branco, porque é essa consciência que os índios sempre tiveram, de que estamos todos ligados. Mitakue Oyassin! E que seriam guerreiros, porque trazer esta "nova" consciência à Terra e mudar as coisas, iniciar um novo ciclo, exigiria muita ação e coragem. E que estes guerreiros iriam começar a chegar por volta dos anos de1960 e que iriam vir em número cada vez maior, a partir dos anos 70, até por volta de 2012, momento em que a posição dos astros, iria favorecer imensamente esta expansão da consciência e as ações para conservação da Mãe Terra.

Segue um texto real, com um exemplo dessa "nova" consciência e da transição para uma "nova" Terra.

"O que acontecer à Terra, acontecerá aos filhos da Terra"
Chefe Seattle


Ser Um Com A Natureza - O Segredo de Findhorn

Certo dia Dorothy recebeu a seguinte mensagem: “Uma de suas tarefas consiste em sentir as forças da natureza, como o vento, perceber sua essência e propósito, ser positiva e harmonizar-se com tal essência. Não será tão difícil quanto você imagina, pois os seres das forças vão ficar felizes em sentir uma presença amiga. Todas as forças devem ser sentidas, mesmo a do Sol, da Lua, do mar, das árvores e até da grama. Todas são parte da “Minha Vida”. Tudo é uma única vida.”

“Quando tiverem matado o último animal, pescado o último peixe, cortado a última árvore, o homem branco verá, que dinheiro não se come.”

Mitakue Oyassin

Grande Chefe Sioux Tatanka Lyotake

O Segredo de Findhorn, sua mística, vem do fato de a comunidade ter sido criada e desenvolvida por pessoas que acreditam que na comunicção entre o Homem e a Natureza está Deus. Fonte da vida, Deus é acessível a cada um de nós sempre, através dos tempos, e a Natureza, incluindo o planeta, tem inteligência e é parte de um plano maior. Sem uma doutrina ou credo, a Fundação Findhorn através dos seus membros acredita numa expansão evolucionária da consciência que estaria acontecendo no planeta hoje, criando uma cultura humanista infundida com valores espirituais.

Tudo começou com Peter e Eileen Caddy, mais Dorothy Maclean e três filhos, em 1962, num estacionamento de trailers situado a uma milha da cidadezinha de Findhorn, no nordeste da Escócia. Desempregados e necessitando da terra como provedora, eles trabalharam no hotel local e iniciaram um diálogo interessantíssimo com os espíritos das plantas que queriam que frutificassem no local, árido e seco, varrido por incessantes ventos e cheio de predadores naturais. Findhorn ficou conhecida primeiramente pelo trabalho com as plantas e pela comunicação com os reinos da natureza, hoje os programas que se podem viver na comunidade ajudam a despertar a sintonia com a Natureza e consigo mesmo, através do mesmo Espírito que tornou o trabalho pioneiro possível.

Hoje Findhorn discute o estabelecimento das Eco-Villages, cidades com economia auto-sustentada que representa uma ecologia mais humana. Esse projeto tem a visão de cidades conectadas através de uma rede planetária, com vida espiritual, cultural, econômica e ecologicamente equilibrada. Esse equilíbrio vem dos habitantes, que também estão em harmonia interior. Findhorn se preocupa hoje com o impacto negativo que o homem causou ao planeta, olhando fundo nas causas, nas motivações de tanta inconsciência. Para resolver nossa crise ambiental, precisamos olhar nossa crise social e cultural; precisamos olhar as economias sustentadas e as tecnologias ecológicas. Precisamos olhar para nós mesmos.

Mas afinal, o que tudo isso tem a ver com os anjos?

É que os anjos da Natureza, os Devas, se manifestaram fortemente em Findhorn, a ponto de se tornarem famosos no mundo inteiro. Eles quiseram aparecer, mostrar sua verdade, ensinar como se planta, se cuida e se colhe com uma visão espiritual. Os primeiros habitantes desse lugar experimentaram com ousadia abrir seu coração e silenciar os pensamentos... E aí tudo aconteceu. Doninhas deixavam de perturbar colheitas, ratos davam uma trégua amigável, feijões ensinavam como serem adubados, e durante anos a Natureza falou, através de todos os seus elementos, fossem rios ou cachoeiras, praias ou cerrados, dentro dos corações e mentes desses privilegiados habitantes, ensinado, amorosamente, como gostaria de ser tratada. E os resultados eram tão surpreendentes, tão fantásticos, que logo milhares de pessoas interessadas no mesmo contato começaram a visitar o local. E todos, mas todos, mesmo os céticos voltam transformados. Aprenderam como se conectar, como deixar a Natureza falar dentro de si, e mais importante, aprenderam como ouvi-la.

Findhorn é um vilarejo de pescadores ao norte da Escócia, um lugar frio e ventoso. Contudo, bem aí cresceu um jardim magnífico e suntuoso. Em meio a uma vasta área de areia fria e pedregosa existe um jardim onde crescem plantas nunca vistas antes nessa latitude, seja quanto à sua variedade, seja quanto a seu vigor. Um jardim que assombrou agrônomos e horticultores do mundo inteiro, muitos dos quais não conseguiam explicar o fato dentro dos métodos conhecidos de tratamento de solo, tendo, com o tempo, de aceitar a interpretação pouco ortodoxa da ajuda angelical.

Habituada a ouvir as vozes dos seus guias por muitos anos, Dorothy Maclean começou a ouvir mensagens diferentes, que lhe diziam que devia cultivar o solo. Ora, desempregados, vivendo em trailers, ela e o casal Peter e Eileen Caddy realmente estavam começando a precisar de comida. Com um currículo invejável, não conseguiam emprego algum. Começaram então a entender que deveriam ter confiança e esperar.

Dorothy não viu nenhum deva, apenas sentiu a presença e anotou o que lhe transmitiam. Segundo o que lhe contaram, eles são campos energéticos, a inteligência na base de todas as espécies, a força e a energia que faz com que as coisas cresçam. São encarnações da inteligência criativa, veículos para a expressão da vida em todas os seus níveis. Seu trabalho consiste em promover a evolução. Dorothy também descobriu que todas as espécies da natureza têm seus anjos, e entrou em contato com os das plantas, ficando cada vez mais convencidad da possibilidade de cooperar com eles.

Acima de tudo, a cooperação se deu através de Peter Caddy, que trabalhava na horta e encontrava muitas dificuldades com o solo. Assim, preparou listas de perguntas que Dorothy submeteu aos espíritos da natureza, recebendo suas respostas e instruções. Pouco a pouco, os espíritos da natureza foram ensinando a fertilizar a terra, a plantar, a cuidar de cada variedade de gramíneas, verduras e legumes, nutri-las, colhe-las, e em que época. Como resultado, a horta começou a prosperar e a dar frutos. Os anjos também explicaram que as emanações irradiadas pelo jardineiro contribuem para o crescimento das plantas e que as forças emocionais que cuidam do jardim podem ser um verdadeiro alimento para as sementes. Algumas pessoas estimulam esse crescimento, outras prejudicam, outras chegam a bloqueá-lo. Os jardins são como crianças que precisam de amor e ternura.

Pouco a pouco a horta de fundo de quintal plantada por Peter na areia foi se tornando esplêndida e magnífica – verduras e hortaliças de todos os tipos, ervas, flores, amoras, framboesas e morangos. Mais tarde, plantaram árvores frutíferas que ninguém jamais conseguira cultivar naquelas vizinhanças – pêssegos, cerejas e damascos. Como isso não bastasse, os produtos eram gigantescos – repolhos pesando 20 quilos, alfaces do tamanho de repolhos, brócolis da altura de árvores. De terra devastada, Findhorn se transformou em um magnífico jardim. Tornou-se notícia em pouco tempo, e agrônomos provenientes de todas as Ilhas Britâncias foram visitar o local. Nenhum deles conseguiu explicação natural para uma colheita tão incrível produzida em solo árido e arenoso, sem o uso de pesticidas ou fertilizantes químicos, terminantemente proibidos pelos anjos. Os jornais e rádios começaram a falar no fenômeno Findhorn e por isso, começaram a chegar não apenas agrônomos, mas pessoas do mundo inteiro, e algumas delas ficaram para trabalhar com Dorothy e os Caddy. Surgiu uma pequena comunidade, que foi aumentando com o passar dos anos, transformando-se em uma escola de vida na qual as pessoas aprendem, através do exemplo, a manter um relacionamento com a natureza, com o seu próximo e com o Transcendental.

A meta de Findhorn não é manter as pessoas lá, mas educá-las. Os interessados vêm do mundo inteiro, inclusive do Brasil, observam que é possível viver em termos saudáveis, harmonizando-se com a natureza e com a humanidade, sintonizando-se com a dimensão espiritual, voltando depois para casa transformados, transmitindo a palavra e mostrando por meio do exemplo aquilo que aprenderam: que podemos ser um com a natureza e com todas as coisas.

“O que acontecer à Terra, acontecerá aos filhos da Terra.” Chefe Seattle