“Nós índios, olhamos para esse mundo do homem branco e verificamos que essa civilização não deu certo.”
(Marcos Terena, do Povo Terena, Mato Grosso do Sul)
“Você vai me dizer: o índio ta falando mas é selvagem; selvagem são vocês, milhares de anos estudando e nunca aprenderam a ser civilização. Pra que está estudando? Para destruir a Natureza e no fim destruir a própria vida?”
(José Luiz Xavante)
“Queremos que a floresta permaneça silenciosa, que o céu continue claro, que a escuridão da noite caia realmente e que possamos ver as estrelas. As terras dos brancos estão contaminadas, estão cobertas de uma fumaça – epidemia xawara – que se estendeu muito alto perto do céu. Essa fumaça se dirige para nós, mas ainda não chegou aqui, pois o Espírito Celeste – Hutukarari – a repele ainda, sem descanso. Acima de nossa floresta o céu ainda é claro, pois não faz muito tempo que os brancos se aproximaram de nós. Mas bem mais tarde, quando eu estiver morto, talvez essa fumaça aumente a ponto de estender a escuridão sobre a terra e de apagar o sol. Os brancos nunca pensam nessas coisas que os Pajés conhecem, é por isso que eles não têm medo. Seu pensamento está cheio de esquecimento. Eles continuam a fixá-lo sem descanso em suas mercadorias, como se fossem suas namoradas.”
(Davi Yanomami, Pajé e líder do Povo Yanomami)
“O mundo dos brancos é quadrado, eles moram em casas que parecem caixas, trabalham dentro de outras caixas, e para irem de uma caixa à outra, entram em caixas que andam. Eles vêem tudo separado, porque são o povo das caixas.”
( Pajé do Povo Kaingang)
“Já moramos mais de 500 anos dentro da Floresta Amazônica, nunca pensamos destruir, porque nossa mata e nossa terra são nossa Mãe. Por favor, não destruam o que guardamos com tanto amor.”
(Povo Munduruku)